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“Dietas Restritivas”, Funcionam ou Não?

  • Foto do escritor: Victor Tarini
    Victor Tarini
  • 4 de out. de 2022
  • 3 min de leitura

“A partir de hoje eu não vou mais comer carboidratos!” Oh yeah! Geralmente é assim que começa uma dieta restritiva. Você define um alvo a ser atingido e, “pimba” corta aquele alimento ou grupo alimentar da sua vida. Mas, por quanto tempo? Primeiramente, devemos responder outra pergunta: “Por que fazer restrição?” Quando paramos para pensar sobre a utilidade de fazer algum tipo de restrição é porque temos algum problema decorrente do consumo exagerado de alguma substância. Por exemplo, hipertensão. Nesta doença, o consumo de sódio precisa ser bastante limitado. Portanto, a dieta terá restrição ao consumo de sódio. Outro exemplo é o diabetes mellitus, doença na qual se restringe o consumo de alimentos de alto índice glicêmico como o açúcar. Nestes casos, a restrição é necessária para que haja um controle da doença.


dieta restritiva de carboidratos

E na Obesidade, Restrição Funciona?


Partindo do princípio de que a obesidade é uma doença, a dieta restritiva também pode ser útil. Porém, a pergunta que se deve fazer é: “Qual tipo de restrição será mais eficaz no tratamento da obesidade?” Ao fazer esta pergunta, abre-se um grande leque de hipóteses, restringir carboidratos parece ser uma boa escolha, mas a falta do carboidrato gera muito desconforto como fadiga, cansaço, apatia, mau hálito decorrente da elevação na produção de corpos cetônicos, entre outros. A perda de peso é rápida. Porém, por não ser fácil manter esta restrição por muito tempo, ao se retomar o consumo de carboidratos observa-se um aumento de peso tão rápido quanto foi a perda, caracterizando o famoso efeito “sanfona”.


Fazer uma restrição da “gordura adicionada” na dieta parece ser uma medida sensata, no entanto, se não for associada a uma redução do consumo de alimentos impregnados de gordura como certos cortes de carne bovina, suína assim como de aves, também surtirão pouco ou nenhum efeito no emagrecimento. Então, qual é a restrição mais adequada para tratar a obesidade? A resposta a essa pergunta é a restrição de CALORIAS. Diminuir a oferta de calorias envolve reduzir sensivelmente o consumo de TODOS os macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), preservando a proporção destes nas refeições. Por exemplo, o Consumo diário de 2000 kcal, onde a distribuição de carboidratos gorduras e proteínas era de 60%, 20% e 20%, pode sofrer uma redução calórica para 1700 Kcal preservando a mesma proporção de (60%, 20% e 20%). Neste caso, não houve retirada de nenhum grupo alimentar, mas sim, redução. É mais fácil de aceitar, não acha? Ainda resta fazer uma restrição de horários, regulando assim a frequência alimentar diária.


Restrição de Alimentos de Origem Animal


Aqui “o buraco é mais embaixo”. Quando se busca um estilo de vida diferente do normal (entende-se por normal aquilo que é mais frequentemente observado na sociedade), há a necessidade de um aprofundamento teórico por parte daquele que irá aderir. É o caso do estilo de vida vegano. Muito além da dieta ausente de alimentos de origem animal, o vegano não usa qualquer utensílio procedente de matéria prima animal. Como o enfoque aqui é nutrição, vamos refletir sobre os efeitos da restrição a alimentos de origem animal. A compensação proveniente de alimentos como a soja, feijões, ervilhas, lentilha e grãos de bico é necessária a fim de prover uma quantidade adequada de proteína. Os benefícios à saúde não são poucos, redução de triglicérides, colesteróis e de gordura corporal são os principais, seguidos de outros como controle da glicemia, melhora do funcionamento intestinal e imunidade invejável. Como nada é 100% bom, no estilo de vida vegano é preciso verificar com uma frequência maior os níveis de vitamina B12, uma vez que esta é obtida predominantemente a partir do consumo de alimentos de origem animal como carnes, leite e ovos. O vegetarianismo é um assunto tão importante que merece um texto exclusivo. Trarei este tema em breve.


dietas restritivas veganas

Afinal, Que Restrição Não Faz Mal?


Metabolicamente falando, podemos viver muito bem sem o consumo de álcool, doces, sorvetes e frituras, mas, a pergunta que faço é a seguinte: “Dá para ser feliz sem algumas dessas coisas de vez em quando?”


Qualquer que seja a “estratégia restritiva” que você venha a optar, consulte um nutricionista. É muito fácil parar de comer esse ou aquele alimento. Difícil é compensar a deficiência nutricional que esta escolha poderá causar.

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